







1 de Agosto
Segunda edição das “Conversas à Porto” foi dedicada à Mobilidade e contou com as intervenções de Paula Teles, especialista em mobilidade urbana, e Cecília Silva, professora da FEUP e Diretora do Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente. A moderação ficou a cargo de Teresa Calix, e candidata à Vereação pelo Movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto”.
Esta quinta-feira, na sede de campanha, ninguém deu pelo tempo passar. A segunda edição das “Conversas à Porto” ultrapassou largamente o tempo disponível, devido ao intenso debate sobre a mobilidade no Porto.
Para Paula Teles, temos de “humanizar o território, trabalhar o “chão da cidade” de forma a contrariar os dados apresentados pela especialista em mobilidade que mostram que 60% da população no Porto não caminha, segundo a OCDE. Paula Teles diz mesmo que a cidade tem de ser transformada para as pessoas, tem de deixar de ser para carros, tornando-a menos perigosa e permitindo que possamos voltar a “ouvir o som da bola das crianças a tocar o chão da cidade”.
Por sua vez, Cecilia Silva abordou a questão do congestionamento, afirmando que este “não é consequência da incompetência dos engenheiros de tráfego” e acrescenta que “o congestionamento não tem solução, é uma consequência natural da utilização da cidade”. Para a Diretora do Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente temos de nos “focar as deslocações de curta distância” para melhorar a mobilidade na cidade.
O caminho para a construção de um “Porto em que se caminha”
Na sua intervenção final, Filipe Araújo apontou o grande objetivo da candidatura para a mobilidade: “Queremos um Porto em que se caminha, um Porto de proximidade, um Porto de comunidade, um Porto com qualidade vida”.
O candidato à Presidência da Câmara Municipal do Porto afirma que a cidade vive um momento de oportunidade, no campo da mobilidade. Só um movimento independente, sem amarras ideológicas, é que conseguirá agarrar o investimento com sucesso, que será feito na cidade, como a alta velocidade, novas linhas de metro, mais autocarros e com o terminal intermodal de Campanhã – que permitiu retirar mais de 1000 de autocarros por dia do centro da cidade.
Além da resolução dos problemas ambientais da VCI e da Circunvalação, Movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto quer alargar o transporte público, tornando-o mais fiável e cómodo, e quer continuar a financiar a gratuitidade dos jovens, a redução do valor dos passes mensais e os benefícios através do Cartão Porto.
Filipe Araújo pretende ainda investir mais na mobilidade suave, concretizar os projetos ligação cota alta com cota baixa, mais zonas residenciais com velocidade máxima de 30 e mais bicicletas elétricas, através dos atuais operadores e mais ciclovias. Importa também investir na fiscalização do estacionamento e do trânsito, para reduzir, entre outros acidentes, os atropelamentos, bem como apostar em parques de estacionamento park & ride, através da STCP serviços e em parceria com os municípios vizinhos.