Filipe Araújo acusa CP de desinvestir num eixo fundamental para competitividade do Porto e da região Norte

11 de Agosto

CP informou que o comboio internacional Celta, que faz o trajeto Porto-Vigo, vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo devido à antiguidade das automotoras, avança a imprensa espanhola

A partir de dia 17 de agosto e até 13 de dezembro, os passageiros que circulem no comboio internacional Celta, que liga o Porto a Vigo, vão ser obrigados a fazer o transbordo para outra automotora em Viana do Castelo.

Para o movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto”, esta alteração, sem qualquer justificação, espelha o total desinteresse da Comboios de Portugal por esta ligação estratégica para o Porto e para a região Norte. 

Para Filipe Araújo, candidato à Presidência da Câmara Municipal do Porto, “esta alteração, feita de forma pouco transparente, sem diálogo com quem está no terreno e no mês de turismo por excelência, demonstra que a CP assume uma postura do ‘quero, posso e mando’, ignorando os interesses dos Portuenses, dos Nortenhos, dos Galegos e dos empresários dos dois países. Ninguém dos dois lados da fronteira percebe este desinvestimento, por isso é importante que o Governo, deixe de estar na sombra da CP e dê explicações com urgência”

O movimento independente considera ainda que esta decisão revela:

  • Desrespeito pelo Porto e pela região Norte: a CP não apresenta qualquer justificação válida para o sucedido, limitando-se a dizer à imprensa que a situação é “excecional e temporária”. 
  • Desinteresse e falta de planeamento: de acordo com a imprensa galega, esta alteração está relacionada com o facto de as automotoras estarem a atingir o limite de quilómetros, o que obriga a revisões profundas, e de não existir qualquer acordo entre a CP e a espanhola RENFE sobre o pagamento desses trabalhos de manutenção.
  • Falta de informação aos passageiros: com o transbordo, a viagem será claramente mais longa a partir de dia 17 de agosto, mas a informação disponibilizada aos passageiros no site da CP continua com a mesma duração do que o trajeto sem transbordo.

Filipe Araújo acrescenta ainda que, do ponto de vista internacional e diplomático, a CP está a passar uma imagem contrária ao que tem sido o esforço do Muncípio do Porto para estreitar relações com a Galiza.