A cultura é a chave do desenvolvimento do Porto

12 de setembro

Última edição das “Conversas à Porto” saiu de portas e encheu o CAMPUS Paulo Cunha e Silva

 

Para falar sobre a prioridade “Cultura”, o movimento “Filipe Araújo: Fazer a Porto” alargou o leque de convidados e saiu da sede de campanha. Foi no CAMPUS Paulo Cunha e Silva que recebemos Gonçalo Amorim, ator, encenador e programador cultural, Isabel Barros, coreógrafa e encenadora, Daniel Pires, gestor e programador cultural, e Miguel Guedes, músico. O debate foi moderado por Cristina Passos, candidata a vereadora pelo movimento independente, consultora e antiga diretora de recursos e projetos especiais da Fundação de Serralves, como destaque para o “Serralves em Festa”.

A sala estava cheia e foi com atenção que se ouviram os diferentes contributos para o futuro da cultura no Porto. Para Miguel Guedes, “a cidade vive alguma ilusão. Temos de tentar fugir dos neóns (…) Não podemos ser uma cidade como as outras, porque a cidade não perdoa”.

Já Isabel Barros falou sobre a necessidade da atualização dos programas, uma vez que a cidade está a mudar mais rapidamente. A coreógrafa considera que a “cidade ainda tem muito para descobrir – mesmo os turistas – temos diferentes lugares e espaços mais experimentais” que ainda são desconhecidos.

“O Porto tem sido um oásis no investimento em cultura”, assume Gonçalo Amorim, que acrescenta que a cultura é a base do bem-estar das pessoas e está ligada à qualidade de vida.

Daniel Pires afirma que é necessário “dar mais espaço às candidaturas”, que devem ser mais constantes, de forma a evitar “que sejam sempre os mesmos a aparecer”.

A encerrar a sessão, Filipe Araújo defendeu que “a cultura precisa de uma visão livre e independente” e acrescentou: “Foi isso que nos possibilitou chegar até aqui. Uma visão livre que quis promover a cultura, colocar a cultura no centro de um programa político.”

O independente assume que não tem ambição de controlar a cultura, pelo contrário “queremos que a cultura floresça, dando o incentivo, criando as condições para que possa chegar a todos.”

O movimento “Filipe Araújo: Fazer à Porto” pretende alargar o Cultura em Expansão, incentivar redes de criação e programação que potenciem o impacto das grandes estruturas na cidade, reforçar o apoio a pequenas salas e espaços culturais e experimentais espalhados pela cidade, fortalecer a cultura nos bairros, nas associações e nas coletividades, e alargar benefícios do CartãoPorto. para acesso a mais cultura.