“A Ordem dos Engenheiros é um parceiro essencial para resolver problemas da cidade"

3 de julho

O encontro serviu para abordar os temas da mobilidade e da habitação acessível.

O Movimento “Filipe Araújo – Fazer à Porto” reuniu-se, esta terça-feira, com a Ordem dos Engenheiros – Região Norte, liderada pelo Engenheiro Bento Aires. Para Filipe Araújo, a Ordem é um parceiro da cidade “inexcedível” para encontrar soluções para os problemas do Porto e para colaborar no desenvolvimento de propostas.

O candidato à Presidência da Câmara do Porto destaca o papel desta ordem profissional, que acredita que “continuará a ser  uma voz essencial na qualificação da discussão e na elaboração de contributos que fazem do Porto uma cidade melhor”.

Mobilidade e habitação

Em cima da mesa estiveram dois temas essenciais para o futuro da cidade: a necessidade de termos habitação acessível e a solução para o maior problema ambiental da cidade, a VCI.

Relativamente à Via de Cintura Interna, o Movimento independente vai exigir ao Governo que execute, em 10 meses, sem desculpas, as medidas há muito estudadas, capazes de retirar carros da VCI. A longo prazo, a 10 anos, exigiremos que a VCI deixe de ser uma autoestrada que rasga a cidade para passar a ser uma avenida urbana integrada na cidade, capaz de coser o território em alguns locais e com transporte público, como tantas avenidas da cidade. Para deixar de ser uma barreira, a VCI poderá ser coberta em alguns troços, o que permite que por cima possam nascer novos parques verdes, novos jardins, mais habitação, mais vida, mais Porto! 

Quanto à habitação acessível queremos criar uma task force que será uma ligação direta com os privados para disponibilizarmos rapidamente casas para os portuenses. Estamos a falar de mais 1400 novas casas que estão já preparadas para avançar e que será possível aumentar até às 2000 no médio prazo. Estes números serão concretizáveis através de parcerias com o setor privado, dos chamados contratos de build to rent (construir para arrendar), bem como através de programas de arrendamento e subarrendamento, como o Porto com Sentido.

O Movimento “Fazer à Porto” defende ainda o investimento em novas tipologias de habitação acessível, fomentando a partilha de habitação entre os mais idosos e estimular o setor cooperativo no Porto.

Quanto à habitação social, não podemos abordar uma crise habitacional sem aproveitar ao máximo a capacidade já existente: e como tal, não vamos reduzir uma única casa de habitação social.